Carreira em Segurança da Informação: Técnico ou Gestão?
Seja no início, meio ou até nos momentos finais da carreira, certamente o profissional vai se deparar com esta dúvida: Devo seguir uma carreira técnica ou voltada à gestão?
Nos países latinos é muito comum associarmos as funções de gestão a status, hierarquia e, consequentemente, melhores oportunidades de carreira e remuneração, levando muitos excelentes técnicos (que são ou podem vir a ser especialistas natos em determinados assuntos e tecnologias) a desempenharem funções pseudo-gerenciais de modo pífio e altamente frustrante, travando ou até mesmo inviabilizando carreiras antes promissoras.
É natural, ainda, que profissionais de Segurança da Informação sejam provenientes (não em sua totalidade, mas ainda em sua maioria) de Tecnologia da Informação, tanto em sua formação acadêmica quanto experiência profissional e, também em TI, ainda é normal que as camadas menos favorecidas no pacote geral da carreira estejam, ao menos inicialmente, no viés técnico.
Porém, também já existe uma geração de profissionais que não vieram de TI e também não possuem interesse em atividades técnicas, almejando posições gerenciais não pelo fato de se tornarem chefes, mas sim pela forma de abordagem de negócios, mais holística.
Em países desenvolvidos a carreira em Y é uma realidade há muito tempo, proporcionando posições, cargos, salários e status similares a técnicos e gestores, contando aqui sua competência e não sua segmentação ao desenvolvimento e gestão de pessoas, finanças e demandas (que é o perfil básico de um supervisor, coordenador ou gerente, de forma rasteira e simplista).
Certificados CCIE (Cisco) são um belo exemplo de profissionais que podem seguir carreira em SI de forma rentável e desafiadora sem abrir mão de suas aptidões e proximidade à área técnica, bem como profissionais com credenciais CISM e CISSP, por exemplo, também podem conseguir o mesmo resultado em sua área de atuação (aqui as certificações servem apenas para ilustrar trilhas de carreira, mas jamais o profissional deve se sentir amparado ou preparado apenas baseado em credenciais, mas sim em conhecimentos, experiência e bagagem, além de conhecimentos, habilidades e atitudes assertivas).
Portanto, quando a dúvida surgir, a força motriz para a tomada de decisão não deve ser simplesmente escolher por uma trilha ou outra, mas sim o grau de especialização que o faz feliz e diferenciado no mercado, buscando restante como consequência natural.
Fonte: Blog do Rodrigo Magdalena